NOTÍCIAS

Federação se solidariza com Rio Grande do Sul e promove campanhas

Catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul é uma das maiores já vistas nos últimos anos. Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução.

Desde o dia 27 de abril, a população do Estado do Rio Grande do Sul (RS) está sendo fortemente afetada pelas chuvas intensas, levando ao decreto de estado de calamidade pública no dia 1º de maio. Segundo informações da Defesa Civil do RS, em coletiva de imprensa dia 7 de maio, até o momento foram confirmados 90 óbitos em 388 municípios gaúchos, que reportaram danos ou ocorrências, 48.147 pessoas em abrigos públicos, 155 mil  desalojadas (precisaram sair de suas casas) e 361 feridos, que precisaram receber atendimento médico.

As situações de desastre não são novas mas, em decorrência do agravamento da crise climática, têm se intensificado em número e gravidade. Suas consequências afetam a vida de pessoas em muitas dimensões, sobretudo das famílias e pessoas de baixa renda, com menor acesso à proteção social.

São suas grandes vítimas as crianças, os/as adolescentes, as pessoas idosas, as pessoas com deficiência e os animais. Os problemas nos abrigos perpassam, entre outros, pelo acesso a alimento limpo e água potável, roupas, abrigo e medicamentos. E já há relatos de abusos sexuais e desaparecimento de bebês e crianças nos abrigos onde foram alojadas. 

Na retomada gradual após diminuição das águas, os problemas também serão vários, como o trabalho de limpeza e de prevenção de doenças por contaminação que afetarão fortemente os serviços de saúde. Muitas pessoas ficarão sem fonte de renda e ainda terão de lidar com perdas inestimáveis, de familiares, amigos, de suas casas, bens e objetos de afeto, como as fotos de família. Isto é, as perdas para cada pessoa, família, cidades e o Estado são incalculáveis. São perdas materiais e, sobretudo, imateriais.

Desastres não são naturais. Os fenômenos da natureza associados às práticas humanas e políticas de governos, ao modelo de economia, e à vulnerabilidade das populações mais pobres, é que são responsáveis pelos desastres sociais.  

O negacionismo de autoridades e irresponsabilidade de governos devem ser combatidos, e ações de prevenção e de maior proteção à população devem ser cobradas a cada momento de ameaça, assim como deve ser firmemente cobrada a proteção das populações na retomada das suas vidas, com acesso à renda, serviços públicos e direitos, de forma digna e justa.

Campanhas – A Federação dos Sindicatos dos Servidores no Estado de São Paulo (Fessp-Esp) manifesta sua solidariedade com a população do Estado do Rio Grande do Sul neste momento e conclama às entidades filiadas a participar das ações solidárias promovidas por entidades coirmãs, em parceria com a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB). Saiba mais aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *