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São Paulo lidera ranking de cesta básica mais cara do Brasil

Em fevereiro de 2025, o custo da cesta básica na cidade de São Paulo atingiu o maior valor entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), chegando a R$ 860,53. Esse valor representa um aumento de 1,02% em relação a janeiro de 2025 e um aumento de 6,45% em relação a fevereiro de 2024. Nos dois primeiros meses de 2025, a cesta básica acumulou alta de 2,29%.

Variação de preços dos produtos
• Aumentos:
Nos últimos dois meses: tomate (8,24%), café em pó (6,66%), carne bovina de primeira (1,30%), leite integral (0,87%) e pão francês (0,16%).
Nos últimos 12 meses: café em pó (45,24%), óleo de soja (29,65%), carne bovina de primeira (27,00%), leite integral (9,29%), manteiga (7,09%), pão francês (5,19%), farinha de trigo (0,66%) e arroz agulhinha (0,52%).
• Quedas:
Nos últimos dois meses: óleo de soja (-3,05%), feijão carioquinha (-2,22%), batata (-2,06%), banana (-1,69%), açúcar refinado (-1,31%), arroz agulhinha (-1,19%), farinha de trigo (-0,65%) e manteiga (-0,27%).
Nos últimos 12 meses: batata (-36,45%), feijão carioquinha (-17,91%), tomate (-10,20%) e açúcar refinado (-0,66%).

Qual o valor do salário mínimo ideal?
De acordo com estudos do DIEESE, em fevereiro de 2025, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.229,32, ou 4,76 vezes o mínimo vigente de R$ 1.518,00. Diferente do ano passado, em que o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.996,36, ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.412,00.

Tempo de trabalho e comprometimento do salário
Em fevereiro de 2025, o trabalhador paulistano precisou trabalhar 124 horas e 43 minutos para adquirir a cesta básica, um aumento em relação a janeiro (123 horas e 27 minutos). Considerando o salário-mínimo líquido, o trabalhador comprometeu 61,28% da remuneração para comprar os produtos da cesta básica.

Salário mínimo vs. custo de vida
O aumento do custo da cesta básica e a diferença entre o salário-mínimo necessário e o salário-mínimo real evidenciam o cenário desafiador para as famílias brasileiras, que precisam lidar com a alta dos preços dos alimentos e a dificuldade de acesso a bens e serviços essenciais. A disparidade entre o custo de vida e a renda disponível aprofunda as desigualdades sociais e expõe a fragilidade da segurança alimentar de milhões de brasileiros.

Clique aqui e acesse o estudo completo do Dieese.

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