AFR sofre perseguição da Secretaria da Fazenda e Planejamento pela atuação como diretor sindical durante protesto
Sinafresp destaca que categoria não aceitará retaliações a servidores na luta sindical
Mais de uma centena de funcionários da Sede protestou naquele dia e o comissionado deixou os quadros da Fazenda logo depois. Para o sindicato, não resta dúvidas que a corregedoria foi usada com a finalidade de perseguição ao diretor, como aconteceu também com outros colegas envolvidos na luta sindical.
Os argumentos da secretaria que motivaram a suspensão foram: “manifestação de apreço ou desapreço a servidor no ambiente da repartição pública” e “dano ao patrimônio público” – no caso, o dano refere-se a uma mesa na qual o diretor subiu para que pudesse ser ouvido pelos colegas que participavam da manifestação.
O presidente do sindicato, Alfredo Maranca, sofreu a mesma ação, mas acabou sendo absolvido.
O Sinafresp afirma que qualquer tipo de punição arbitrária precisa ser investigada e que os advogados do sindicato estão estudando a melhor forma de se posicionar frente à decisão. A diretoria reitera que não vai admitir retaliações ao livre exercício das funções sindicais por quem quer que seja.
Para o sindicato, a punição representa um excesso frente ao ato que foi cometido. “Se eles calam um diretor sindical, como a categoria irá defender seus direitos? No ano em que ocorreu o episódio, os agentes fiscais de rendas tiveram a participação por resultados cortada e a voz da categoria são os diretores sindicais, deveria eu ter ficado calado então?”, indaga Leandro Ferro.
No caso, o diretor está sendo punido porque, no desempenho de suas funções como sindicalista, apenas repetiu o que dezenas de pessoas estavam falando e estava escrito nas faixas produzidas pelo Sinafresp.