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Justiça fiscal

ISP: Por que a tributação na América Latina é tão injusta

Hoje, 08:01:07


Elaborado com base em um estudo publicado recentemente pela Internacional de Serviços Públicos (ISP), vídeo analisa os motivos pelos quais, mesmo com os trabalhadores pagando uma alta carga de impostos, as receitas arrecadadas são insuficientes para financiar serviços públicos universais de qualidade. Dica: a corrupção é só um detalhe

Por que nos países latino-americanos os mais ricos e as grandes empresas pagam poucos impostos enquanto a classe média e a população mais pobre são obrigadas a arcar com a maior parcela da carga tributária? E por que, no geral, não há retorno dessa tributação em serviços públicos de qualidade?

Essas perguntas são respondidas no vídeo “Por que a tributação na América Latina é tão injusta?”, produzido pela Internacional de Serviços Públicos (ISP) em parceria com o Le Monde Diplomatique Brasil e apoiado pela Fundação Friedrich Ebert (FES). Lançado nesta quarta-feira, 2 de outubro, o material apresenta de maneira didática e aprofundada essa polêmica questão.

Assista ao vídeo:

O trabalho é baseado na pesquisa organizada pela ISP, com o apoio da FES: “Justiça fiscal é possível na América Latina?”. Lançado no último 30 de agosto, o estudo analisa as diferenças na tributação dos países latino-americanos em relação aos estados que compõem a OCDE, apresentando alternativas tecnicamente viáveis para aproximar as alíquotas praticadas em nossa região com as aplicadas pelos países mais ricos.

Leia o estudo na íntegra AQUI

Nos seus pouco mais de 11 minutos de duração, o vídeo, por sua vez, aborda a relação entre como os impostos são cobrados na América Latina e os principais problemas socioeconômicos da região. Mostra-se, por exemplo como estes são reforçados pelo caráter tributário regressivo aplicado nas nações do continente, que caminha na contramão dos países mais ricos. Isto é, os mais ricos pagam proporcionalmente – bem – menos impostos do que a classe médias e as camadas mais pobres da população.

Em seguida, são apresentados casos em que sindicatos e sociedade civil estão se unindo não somente para rechaçar propostas que aprofundam o atual modelo tributário já desigual, mas também para propor alternativas, tecnicamente viáveis, que diminuam o peso dos impostos sobre os trabalhadores e aumentem a tributação somente para multinacionais, grandes salários, patrimônios e propriedades. Tais medidas, assim, estimulariam o mercado interno, contribuiriam para o desenvolvimento de pequenas e médias empresas e para o resgate de mais poder de investimentos ao Estado, sem precisar recorrer a medidas de austeridade que sempre recaem sobre as classes mais baixas.

Fonte: Internacional de Serviços Públicos – ISP

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