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Ministério Público do Trabalho investigará denúncia do Sinpcresp sobre assédio

Pesquisa do Sinpcresp revela que quase um terço das peritas já sofreu assédio sexual. Foto: MPT-SP/Reprodução.

O Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (Sinpcresp), filiado à Federação, foi notificado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT), para se manifestar sobre denúncias de assédio sexual no ambiente de trabalho.

A notificação, assinada pela procuradora Ana Gabriela Oliveira de Paula, veio após uma reportagem veiculada no site da entidade sindical, revelando que um terço das peritas criminais já sofreu assédio sexual no trabalho.

O MPT solicita que seja apresentado, no prazo de 10 dias, todos os documentos relacionados à pesquisa citada na reportagem.

A pesquisa, inclusive, foi algo inédito no movimento sindical, em especial para a categoria dos Servidores Públicos. Realizada entre os meses de março e agosto de 2024, o levantamento identificou que quase um terço das peritas criminais (31,68%) sofreu assédio sexual no ambiente de trabalho.

De acordo com o Sinpcresp, este número representa o início de uma série de revelações perturbadoras sobre a realidade enfrentada pelas profissionais da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. A pesquisa mostra, ainda, que 39,47% das peritas sofreram agressões verbais e 2,63% sofreram agressões físicas. Além disso, mais da metade das entrevistadas (55,26%) sofreram assédio moral.

Para o vice-presidente da Federação e diretor do Sinpcresp, Eduardo Becker, esta pesquisa se mostrou extremamente fundamental para a carreira das Servidoras. “Quando lançamos a pesquisa, queríamos mapear o comportamento nos ambientes de trabalho. É uma pena termos constatado estes números tão perversos de agressões físicas e verbais, assédio moral e assédio sexual. Agora, iremos juntar os documentos e enviar ao MPT para que as devidas providências sejam tomadas e o ambiente de trabalho se torne mais seguro para nossas colegas”, afirma.

Estadual
Um dos encaminhamentos do 1º Simpósio de Combate ao Assédio no Serviço Público foi de justamente lançar uma pesquisa similar em todo o Estado de São Paulo, a fim de que todos os Servidores possam alertar sobre terem sofrido assédio moral ou sexual. Esta pesquisa deverá ser lançada em breve e amplamente divulgada nas redes da Fessp-Esp, Sindicatos filiados e demais entidades representativas da categoria.

Mais informações, acesse o site do Sinpcresp.

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