Brasil é o pior país do mundo no combate à pandemia, aponta estudo
Entre 98 nações, Brasil ocupa última posição; Nova Zelândia é a que melhor enfrenta a covid-19, diz Instituto Lowy
O Brasil é o pior país do mundo no combate à pandemia de covid-19, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Lowy, em Sydney, na Austrália.
O Instituto analisou o desempenho de 98 nações, a partir de seis diferentes critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção da doença, e o Brasil ficou na última colocação, com 4.3 pontos de um total possível de 100. A Nova Zelândia, que aparece no ranking como o país que melhor enfrenta a pandemia, somou 94.4 pontos.
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Na lista dos piores, o Brasil aparece atrás de México, Colômbia, Irã e Estados Unidos.
As informações são da agência de notícias RFI, publicadas pelo Uol.
No total, o Brasil tinha 8.996.876 infecções confirmadas e 220.161 mortes até esta quarta (27), para uma população de 209,5 milhões de habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde. A Nova Zelândia registrou 2.299 casos do novo coronavírus e 25 mortes desde o início da pandemia, em uma população de cerca de 5 milhões de pessoas.
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“Coletivamente, esses indicadores indicam quão bem ou mal os países administraram a pandemia”, diz o relatório desta instituição independente.
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Além da Nova Zelândia – que praticamente erradicou o vírus com fechamentos de fronteira “precoces e drásticos”, bloqueios e testes de diagnóstico –, Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam à pandemia.
Em número total de mortes, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. As duas nações mais populosas do continente americano tiveram em comum governos de líderes populistas nacionalistas – Jair Bolsonaro e Donald Trump – que minimizaram ativamente a ameaça da covid-19, ridicularizaram o uso de máscaras, opuseram-se a lockdowns e fechamentos, enquanto os países eram altamente infectados pelo vírus.
A China – onde o vírus surgiu no final de 2019 – não está incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público, segundo os autores.