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Encontro Nacional aprova Manifesto e greve dos servidores dia 18

Com um rico debate e o indicativo de greve no dia 18, milhares de servidores das três esferas (municipal, estadual e federal) encerraram no final da tarde da sexta-feira (30), o Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público contra a PEC 32, a Proposta de Reforma Administrativa.

O Encontro, que começou na noite da quinta-feira (29), reuniu cerca de 5 mil homens e mulheres aguerridos, que debateram os prejuízos da PEC 32 para o setor público e a sociedade brasileira. Nas redes sociais foram mais de 15 mil visualizações.

A Fessp-Esp participou em peso representada pelo presidente Lineu Mazano, que coordenou parte dos trabalhos, e pelas lideranças dos Sindicatos filiados. “Esse Encontro foi fundamental para aglutinarmos forças e avançarmos nessa luta. Porque o que está em jogo não é apenas os direitos dos servidores, mas de toda a população brasileira”.

O dirigente ainda destacou que setores estratégicos do país como educação e saúde serão entregues à iniciativa privada. “O que seria de nós sem o SUS nessa pandemia?”, questionou.

Após o início dos trabalhos na sexta, os participantes foram divididos em 15 grupos que debateram e apresentaram propostas sistematizadas e adicionadas ao Plano de Lutas Nacional.

Todos destacaram a importância de realizar um trabalho de base para alertar o conjunto do funcionalismo sobre o desmonte do Estado brasileiro embutido na proposta apresentada pelo governo Bolsonaro.

No período da tarde, Maria Lúcia Fatorrelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, desmontou os argumentos utilizados pelo governo para a aprovação da Reforma Administrativa. “Eles querem jogar as contas nas costas dos servidores, mas essa mentira é usada para justificar a crise que eles mesmos criaram para o desmonte do Estado”, afirmou Fattorelli.

Maria Lucia alertou: “A gente tem que desmascarar essa crise fabricada que está sendo usada para aumentar o lucro dos bancos e retirada de direitos”. Assista à palestra

 

Na seqüência, Fausto Augusto Junior, diretor-técnico do Dieese, apresentou dados sobre o funcionalismo público no Brasil e como a PEC 32 irá prejudicar os servidores e os serviços públicos.

“Isso não e uma Reforma Administrativa, mas uma destruição do Estado construído na Constituição de 1988. É uma Reforma de Estado. Ela mexe na relação do Estado com o setor público. Quem organizou tem claramente a intenção de privatização do setor público”, alertou Fausto.

Assista à palestra

Ao final do Encontro, os coordenadores apresentaram o Manifesto e o Plano de Lutas com as propostas sistematizadas. O documento de oito páginas aponta o caminho para o combate à aprovação da PEC 32. (Clique aqui para ler o manifesto na íntegra).

Também foram aprovados encaminhamentos de luta, no qual consta as ações que serão realizadas nos próximos dias. No calendário uma grande mobilização em Brasília, terça-feira, dia 3, e uma greve geral da categoria nas três esferas dia 18 de agosto contra a PEC 32.

Lineu Mazano avalia o Encontro como histórico pela representatividade e conteúdo. No entanto, ele alerta que agora é preciso partir para ação. “Vamos jogar peso na mobilização para a greve do dia 18. Organizar Sindicatos. Vai ser fundamental o empenho e participação de todos nas ações, atividades. Também devemos realizar assembleias de base”, destaca Mazano.

Clique aqui e acesse o Documento. 

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