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Diretores da Federação participam de Audiência Pública em defesa do IAMSPE

Audiência Pública ocorreu logo após uma série de denúncias apresentadas pela imprensa sobre a demora no atendimento no HSPE. Foto: Imprensa/Fessp-Esp.

A Frente Parlamentar em Defesa do IAMSPE e do Hospital do Servidor Público Estadual, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), promoveu segunda (22) a Audiência Pública em defesa do IAMSPE. Diretores da Federação estiveram presentes no evento.

A Audiência Pública ocorreu logo após uma série de denúncias apresentadas pela imprensa na última semana, que relatam a demora para atendimento no Hospital do Servidor Público Estadual e da falta de higiene no local.

Nas denúncias, Servidores relatam que os corredores estão abarrotados de pacientes, que chegam a passar a noite no chão enquanto aguardam atendimento, além de meses na fila de espera da marcação de consultas.

Em nota, o IAMSPE afirmou que os hospitais estão sobrecarregados pelo crescimento de casos de influenza, outras doenças virais, mas que há atendimento para todos. O diretor-ténico do HSPE, Marcelo Takano, segue na mesma linha e ressalta a necessidade de aumentar a cobertura médica e a rede credenciada. Sobre a falta de higiene, o HSPE alega que os problemas vêm das empresas terceirizadas.

De acordo com o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), esse é o resultado da falta de interesse do Governo do Estado. “Infelizmente, a base do governo na Alesp aprovou orçamento que prejudicou o IAMSPE. Apresentei várias emendas aumentando esse orçamento, mas o governo não faz isso. Hoje, o orçamento do IAMSPE funciona com o financiamento de cerca de R$ 2,4 bilhões vindos dos Servidores, e apenas R$ 102 milhões de participação do Estado. Apesar disso, o governo investiu apenas R$ 610 mil da parte dele”, afirma o deputado.

A diretora de Assuntos de Segurança Pública da Federação, Lúcia Helena, critica a falta de hospital próprio em Santos, Litoral de SP. Foto: Imprensa/Fessp-Esp.

Frente – A Frente Parlamentar em defesa do IAMSPE foi criada em agosto de 2023. Coordenada pelo deputado Paulo Reis (PT) e composta também pelos deputados Professora Bebel (PT) e Valdomiro Lopes (PSB), há também a participação de dirigentes sindicais e representantes da sociedade civil.

O vice-presidente da Federação, Eduardo Becker, esteve presente no evento, acompanhado das diretoras Karla Campos e Lúcia Helena Sarnelli. Segundo Becker, o diretor-técnico do HSPE reforçou que os contratos atuais foram feitos em gestões anteriores e não atendem mais as demandas. Por conta disso, o serviço piorou.

“Em minha fala, eu relatei o drama vivido por um sindicalizado do Sinpcresp, o qual estou como presidente. A esposa do Servidor teve todo o acompanhamento pré-natal através do IAMSPE, mas no momento de dar à luz, o IAMSPE informou que não oferecia esse serviço e ela acabou recorrendo ao SUS”, conta Becker.

“Em Campinas não há um equipamento de ecocardiograma para se fazer exames. É um equipamento simples, qualquer unidade tem, exceto a Regional de Campinas. Isso é inaceitável”, critica o vice-presidente da Fessp-Esp.

O vice-presidente, Eduardo Becker, e a diretora Karla Campos, também representando o Sinpcresp, estiveram presentes no evento. Foto: Imprensa/Fessp-Esp.

Terceirização – Já a diretora de Assuntos da Segurança Pública da Federação, Lúcia Helena Sarnelli, abordou a questão da terceirização do atendimento ao Servidor Público Estadual.

“Em Santos não tem hospital. São clínicas credenciadas para fazer o atendimento, mas quando você busca esse atendimento, não consegue, porque dizem que há uma cota que o IAMSPE destina e, quando acaba, não há mais opções para esse atendimento”, afirma Lúcia.

“O IAMSPE é um convênio do Servidor do Estado. A contribuição é compulsória. Na reforma administrativa de 2021, inclusive, houve aumento das alíquotas. Encareceu bastante para os trabalhadores. Mas o serviço oferecido deixa a desejar, por causa da falta de investimento do governo”, completa Becker.

Vice-presidente da Federação, Eduardo Becker considera de extrema importância o Governo do Estado investir no IAMSPE. Foto: Imprensa/Fessp-Esp.

Para o vice-presidente da Federação, é preciso equiparar o investimento feito pelo governo, para que seja similar ao custo bancado pelos Servidores. “As Santas Casas deixaram de atender o IAMSPE porque o valor pago não cobre os custos dos atendimentos. É preciso rever essa política, para que o IAMSPE volte a ser referência na Saúde dos Servidores do Estado”, conclui.

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